Kanimambo, Moçambique

“Uma coisa é estar a beber uma cerveja numa esplanada na Praia do Tofo, em Inhambane, 525 quilómetros a norte de Maputo, desviar o olhar do enxame de coqueiros para o mar e ver, nitidamente, uma baleia-corcunda a passear-se à superfície. Bem diferente é avistar, numa só investida submarina, sete tubarões-baleia (o maior peixe do mundo – chega a atingir 15 metros de comprimento – e o Santo Graal dos mergulhadores) e, a espreguiçarem-se de barriga ao sol, no limiar da água, três dezenas de mantas, a mais imponente das raias.”

in Única 19/10/06

 Também esta peça jornalística é do ano passado. Mas esta paisagem aqui descrita continua no mesmo sítio. Este “mundo” por descobrir que é África só está à espera da sua oportunidade para se dar a ver em todo o seu esplendor… Pronto não estou a ser isenta, sou suspeita para falar… porque trago em mim “sôdade”. Kanimambo (dialecto changane) significa obrigado. Este título não podia ser mais apropriado porque esta é uma reportagem que conta a história de alguns jovens portugueses que foram à procura de uma nova vida, aceitaram o desafio desta vida diferente, que é aquela vivida em África, e, hoje, não se arrependem. Encontraram uma nova casa e um novo modo de ser e de estar na vida. E porque também é “pelo sonho que vamos” é bom ler histórias com final feliz de pessoas de carne e osso.

1 Resposta to “Kanimambo, Moçambique”


  1. 1 renato braz Maio 6, 2007 às 8:41 pm

    atenção que não são só rosas as vidas dos jovens portugas por África ok?

    passado o fascínio inicial da novidade, os que não se adormecem com o gin nem entram na onda “tou me a cag#r”, passam por vezes por ciclos de desmotivação… as questões raciais aqui (digo aqui pois estou em moçambique) ainda são muito sensíveis… ainda estão muito à flor da pele.
    para quem vem da europa (e já nasceu depois do colonialismo) demora um bocado a entender este contexto e a entender certas situações.


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