Música angolana

Música angolana dos anos 60 e 70 reunida em quatro CD

Apresentada hoje na Fnac Colombo, será posta à venda dia 20 uma antologia inédita de música angolana dos últimos anos coloniais.

Nuno Pacheco

Para muitos será uma descoberta, para outros um reencontro. Cem canções angolanas gravadas nas décadas de 60 e 70 nos estúdios da Valentim de Carvalho em Luanda (que fecharam as portas em 1975, ano da independência) foram agora recuperadas, pela primeira vez, para edição em CD. A compilação que se chama Angola, as 100 grandes músicas dos anos 60 e 70, consta de um digibook de quarenta páginas e quatro CD com 25 temas cada, masterizados a partir de bobinas originais gravadas até hoje.

As canções, editadas originalmente em singles de vinil ou cartuchos de fita magnética, vêm de nomes marcantes na música angolana de então, como Elias diá Kimuezo, Sofia Rosa, Carlos Lamartine, Africa Show, Teta Lando, Chico Montenegro, Mário Silva, Santocas, Santo Júnior, Águias Reais, Quim dos Santos, Artur Adriano, Mário Rui Silva, Duo N’Gola, N’Goma Jazz, numa mostra de ritmos que vão do semba (o mais presente) até à rebita, Kazukuta, Kilapanga, dikanza ou merengue. A maioria é cantada em kimbundo e português, havendo pelo menos um tema em umbundo.

A maior parte das ilustrações, fotografias e postais da época do digibook enquadra os CD provêm do livro Recordar Angola, de Paulo Salvador (outras foram cedidas por elementos da Diáspora Angolana), cujo segundo volume será lançado hoje na FNAC Colombo, em Lisboa, às 18.30.

Ao mesmo tempo, será apresentada a colectânea musical aqui referida, onde além de um historial da evolução musical angolana, se insere um breve dicionário/glossário kimbundo-português. O digibook, apresentado hoje, será posto à venda no dia 20 de Novembro, com distribuição da Som Livre.

 

 

O título desta noticia do Público de 29 de Novembro, apesar de um pouco grande, é bastante descritivo, permitindo ao leitor ter uma percepção bastante acertada do conteúdo informativo da notícia.

O lead é bastante explicativo e original, sendo particularmente interessante a primeira frase: “Para muitos será um mistério, para outros um reencontro”. Apesar desta frase não dizer muito, a que vem logo a seguir dá praticamente toda a informação essencial, “Cem canções angolanas gravadas nas décadas de 60 e 70 nos estúdios da Valentim de Carvalho em Luanda foram agora recuperadas, pela primeira vez para edição em CD”.

Esta notícia está bastante simples. Claramente respeita a lógica da pirâmide invertida. Depois de passar em revista os nomes marcantes da música angolana presentes na antologia, e dos géneros musicais presentes, o autor do texto refere o livro de Paulo Salvador de onde foram retiradas a maior parte das ilustrações. O texto termina com as datas da apresentação e dia de ínicio da venda do digibook.